segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
Shelby
Há poucos anos entrei pela primeira vez na casa onde vivias, e tu recebeste-me com alegria. Foi amizade à primeira vista. Fizeste-me companhia em muitos momentos, fizeste-me rir e ficar com vontade de te estrafegar com mimos.
Um dia levamos-te ao parque da cidade e sei que foi dos dias mais felizes da tua vida. Fico tão contente de ter contribuido para esse dia. Andaste atrás dos patos, entraste nos lagos, cheiraste tudo e brincaste tão feliz! Sempre contente e bem disposta. E sempre perto de nós.
Às tantas decidimos pregar-te uma partida e escondemo-nos de ti. Ficaste em pánico. Mas assim que nos viste desataste a correr o mais que podias. Tiveste medo. E foi uma brincadeira cruel.
Nessa noite dormiste na minha casa. E lembro-me que não consegui pregar olho com o teu ressonar, e reclamei. Reclamei do ressonar e do pelo. Desculpa-me. Desculpa-me não ter reparado nessa altura que por te ter ali era um bocadinho mais feliz.
Hoje quando soube que foste para o céu, não consegui conter as lágrimas que significam o desgosto de saber que não te vou ter mais. Depois lembrei-me do quanto te sentias perdida quando sozinha, e por isso que vieste a correr para nos encontrar, e estás aqui bem perto: nos nossos corações.
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